Imagem capa - O inferno vermelho! por Racing Brasil
Fórmula 1

O inferno vermelho!

Se a tradicional e amada equipe italiana, a Ferrari, teve um ano de 2019 complicado, 2020 não tem sido diferente! 

No ano passado (2019) Vettel sentiu a chegada de Leclerc viveu uma temporada das mais difíceis, rodando em várias corridas e com uma disputa interna acirrada. Tentou e conseguiu se recuperar em algumas etapas, mas não foi suficiente. 

Leclerc ganhou a simpatia dos "ferraristas" e mostrou que não iria aceitar a posição de segundo piloto. 

O resultado de tudo que aconteceu em 2019 foi o desgaste entre a relação de Sebastian e o time de Maranello. O alemão não terá seu contrato renovado e Charles caiu nas graças dos italianos. 


Toda esta situação tem um reflexo negativo na temporada de 2020. Com um carro cheio de problemas a Ferrari não consegue andar nas primeiras posições. 

O pódio conquistado por Leclerc na primeira prova foi comemorado como a conquista de um campeonato e se deve, principalmente, pelo abandono de metade dos carros que largaram. 

É claro que não podemos deixar de exaltar o talento e a habilidade de Charles Leclerc que conseguiu, com seu talento, chegar na segunda posição. 


Mas a segunda etapa nos mostrou que o clima dentro da equipe não vai bem! Colocar o carro entre os dez primeiros do grid, já é uma vitória para a Ferrari. 

E na corrida, logo na primeira volta Leclerc tentou uma ultrapassagem e acabou batendo em Vettel, que teve a asa traseira quebrada. O carro de Leclerc também ficou danificado na asa dianteira e na lateral do assoalho, prejudicando a aerodinâmica. Ambos os pilotos foram para os boxes e o alemão abandonou. Charles trocou o bico do carro e tentou voltar, mas na volta seguinte acabou abandonando.


Leclerc assumiu a culpa pelo acidente, isentando Vettel de qualquer responsabilidade. Mattia Binotto tentou colocar "panos quentes" dizendo que não adianta ficar apontando um culpado e que é preciso olhar para as próximas provas e seguir em frente. Mas, certamente, é uma situação difícil e caberá a Binotto controlar seus pilotos, trazer calma, paz e fazer a Ferrari voltar a brigar pelas primeiras posições. 

Não será uma tarefa fácil, mas é preciso começar a evoluir ou o time de Maranello será "engolido" pelas outras equipes. 


Racing Point e McLaren já se mostraram um passo à frente da Ferrari e, se os engenheiros não encontrarem uma solução rápida, com um novo pacote aerodinâmico eficiente,  Renault e Alpha Tauri entrarão na briga para passar a equipe italiana. 


Já, as preocupações de Vettel parecem estar voltadas em encontrar uma nova equipe para a temporada de 2021, já que a Ferrari anunciou que não renovará com o piloto alemão. Mas, as conversas com outras equipes não tem evoluído, várias já "fecharam as portas" para Vettel. 


O GP da Hungria, próxima etapa da temporada de 2020, já neste final de semana (17.18 e 19), pode ajudar na recuperação da equipe italiana. Hungaroring tem uma pista mais "travada" onde a habilidade e o arrojo de cada piloto pode fazer a diferença mas, também, pode ser decisiva para o futuro de Binotto na equipe se não conseguirem um resultado satisfatório.  



Reportagem: César Cruz - Racing Brasil

Fonte e Foto: F1